sexta-feira, setembro 04, 2009

RECORDAÇÕES DE ÁFRICA- O meu quintal tropical








À volta da minha casa, da qual já vos fiz a descrição mais atrás, tínhamos um quintal onde cultivávamos alguns legumes. Poucos, porque o Sol tropical não o permitia. Lembro-me, no entanto, de termos semeado couve-flor que depois transplantámos, aliás, sem grande esperança de que vingassem. Mas vigaram. E só não as comemos, porque os meus dois filhos se encarregaram de as cortar para trazer à mãe julgando que eram mesmo flores!...
Mas como podem apreciar pelas fotos, fruta era coisa que não nos faltava: bananas, ananases, goiabas, mangas, papaia, laranja, toranja e outros frutos tropicais menos conhecidos, estavam ali à mão de semear…
Apesar do calor abrasador a terra é fértil, pois as chuvadas tropicais compensam e ajuda a germinação. Se lançarmos uma semente à terra, mesmo que não cuidemos dela, ela “desenrasca-se” e desenvolve-se sozinha. É o caso, por exemplo, do milho, do arroz de sequeiro, além de outras espécies que se desenvolvem sem quaisquer ajudas humanas.
Lembrei-me hoje das frutas do meu quintal tropical do Ngongo, porque comi hoje o primeiro cacho de uvas do meu quintal beirão apanhado, directamente, da videira, sem passar por qualquer câmara fria ou frigorífico.
E daí que me tenha “lembrado”de como são diferentes os sabores, como é diferente o natural do “enlatado”…

2 comentários:

Carlos Braga disse...

Li estes textos com particular agrado, pois nasci em Basankusu no ano de 1952, onde o meu pai (Aníbal Teixeira da Costa) trabalhava como comerciante. Muitos dos nomes que povoam os textos são-me familiares e provocam remotíssimas lembranças. A isto se chama - citando Roland Barthes - o prazer do texto.

arcavelha disse...

Olá, bom dia!
Mande-me o seu endereço electrónico, pois temos muito para conversar...
mventuracosta@sapo.pt