quarta-feira, setembro 23, 2009

RECORDAÇÕES DE ÁFRICA - Extracção do látex


Extracção do látex
Convém abrir aqui um pequeno parêntese para explicar como se faz a extracção do látex (líquido branco espesso e pegajoso) que depois se transforma em borracha.
Esse líquido obtém-se fazendo aquilo a que se chama “sangria”. Esta operação consiste num pequeno corte descendente sobre a metade ou um terço do tronco da árvore e o líquido começa a cair para um recipiente geralmente de alumínio.
A incisão tem de ser feita manhã cedo, pois que quando o Sol começa a aquecer faz com que haja uma coagulação e uma película feche o corte impedindo que o líquido continue a sair.
Não confundir látex com seiva…
Enquanto a seiva assegura a distribuição da água, dos sais minerais e do açúcar, o látex está relacionado com os mecanismos naturais da defesa da árvore e circula por uma rede de vasos diferentes, chamados canais “latexíferos”.
Como acontece com a resina do pinheiro o látex escorre logo que seja feita uma ferida na árvore e forma, quando seca, uma camada protectora.
As árvores podem começar a ser “sangradas” a partir dos 5 anos e manter-se em produção durante cerca de 30 anos.
Logo que o látex deixa de correr para os copos, estes são despejados em recipientes de alumínio que são transportados para a fábrica, onde o conteúdo é vazado para tanques.

Ali é coagulado com a ajuda de, geralmente, ácido fórmico. Após o endurecimento as folhas são passadas por várias máquinas que as vão adelgaçando até passarem pela última que as transforma numa espécie de cera de abelhas.

A máquina faz-lhes uma série de opérculos para facilitar a secagem. Segue-se a colocação em secadores e quando se nota que já não contêm humidade, retiram-se e são embaladas em fardos com designações diferentes conforme o seu grau de perfeição.
Os fardos são depois expedidos para o estrangeiro onde, depois de outras manipulações, se obtém a borracha que vai servir para as mais variadas aplicações.

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