quinta-feira, setembro 02, 2010

A FESTA DO TANQUE DE - 27 A 29 -8-2010

Os assadores















Seguindo costumes pagãos, revivendo a mitologia e também em homenagem às Divindades do Mar e das Águas – as Sereias – realizou-se nos dias 27, 28 e 29, a chamada “Festa do Tanque” que reuniu gentes do Norte e Sul do País.
O local escolhido foi uma mansão beirã onde existe um reservatório de 30.000 litros de água construído em granito que remonta aos primórdios do século IXX.
O local é aprazível, e o reservatório, elevado à categoria de piscina, está rodeado de vinhedos e de glicínias que o bordejam e lhe conferem uma beleza rústica de fazer inveja às pérgulas dos solares antigos descritos nas páginas dos livros dos nosso grande escritor Júlio Dinis!
E foi nesse cenário maravilhoso, em convívio familiar e alegre que se desenrolaram os festejos, interrompidos de quando em vez por umas degustações pantagruélicas e libações a condizer.
O momento alto da festa teve lugar no dia 28 em que para surpresa dos anfitriões, mas sobretudo da “Chefe”que detém o monopólio dos Tachos & Similares, a mesa da sala de jantar se encheu de diversas iguarias, de petiscos irresistíveis, de diversificadas bebidas, não faltando até o barril de onde esguichava a cerveja à pressão!
Durante a preparação dos acepipes, a porta da cozinha esteve vedada a estranhos, o que não agradou à Chefe que se viu assim afastada dos seus domínios.
Os assadores, por seu turno, esmeram-se também nos grelhados e contribuíram também para a maravilhosa decoração gastronómica da mesa que fazia crescer a água na boca só de olhar!
Da família, faltou apenas o artista, mas também esteve presente, porque assistimos, via Internet, à sua magnífica actuação em palco, na vizinha Espanha.
Um Fim-de-semana que ficará gravado…no coração. Um sincero e sentido obrigado a todos que nos proporcionaram tão agradáveis e carinhosos momentos.
Numa pequenina prece a Deus, ousamos pedir-lhe que nos dê saúde para que, para o ano, possamos de novo reeditar tão ternos e felizes momentos.

quarta-feira, setembro 01, 2010

A CASA DOS PORTUGUESES E O COLÉGIO DE KINSHASA

A Casa dos Portugueses foi fundada a 25 de Fevereiro de 1947, sob a forma de Sociedade Cooperativa, conforme os Estatutos submetidos às autoridades do país, em 18 de Abril de 1947 e aprovados pelo decreto lei nº 11/187/16/10J, de 17 de Março de 1952.
De 1947 a 30 de Junho de 1960, a Casa dos Portugueses constituía um centro de convívio social da Comunidade aqui residente, tendo como principais actividades: a organização de vários festejos populares, exposições de natureza comercial, a prática de algumas modalidades desportivas e recolha de fundos para aquisição de uma propriedade destinada à construção da Sede do Clube e campos de jogos.
Em 6 de Setembro de 1965, foi decidido abrir uma Escola que pudesse resolver o problema que sempre se pôs à Comunidade e que, apesar da dedicação individual de algumas pessoas (Professoras), que particularmente leccionavam em suas próprias casas ou em precárias instalações, ia subsistindo sem que se conseguisse suprimir as necessidades das respectivas crianças e jovens.
Perante este cenário, em 6 de Outubro de 1965, o Colégio Português de Kinshasa abriu as suas portas, pela primeira vez com 37 alunos, confiados a duas professoras, tendo o respectivo ano lectivo terminado com um total de 54 alunos.
Por consequência das pilhagens ocorridas em Setembro de 1991, uma grande parte da Comunidade Portuguesa residente no Zaire (actual R.D. Congo), confrontada com a perda dos seus empregos, a instabilidade e a insegurança reinantes na época, foi obrigada a sair do País arrastando consigo uma parte significativa dos alunos que até então estudavam no Colégio Português de Kinshasa.
Ao fim de 5 anos, foi eleita a nova Direcção, animada por um forte espírito de equipa e com muita vontade em servir a comunidade portuguesa, procurou dar vida à instituição organizando para isso vários eventos desportivos, convívios entre as várias comunidades procurando com os poucos meios e recursos financeiros de que dispõe, reparar os estragos provocados pelos sucessivos acontecimentos acima referidos.
Para dar uma melhor formação aos filhos de portugueses, contratou novas professoras. Além do funcionamento normal de todo o projecto escolar, a direcção resolveu criar, com o apoio das professoras, um curso de Cultura e Geografia de Portugal, para os alunos, filhos de portugueses, que se encontram a estudar em escolas estrangeiras para que estes nunca percam a sua ligação à pátria e para lhes facilitar uma melhor integração.
Fonte: Escola Portuguesa de Kinshasa