segunda-feira, setembro 12, 2016

VEM AÍ O IMPOSTO METEOROLÓGICO

Vem aí o Imposto Meteorológico!
Já dizia Napoleão que “em política, o absurdo não é um obstáculo”. E a prova disso é, quanto a mim, a recente lei que prevê o aumento do IMI para casas cuja localização seja considerada privilegiada sob o ponto de vista da incidência do Sol ou da paisagem que delas se desfruta. E a coisa não fica por aqui…
Segundo um infiltrado que há anos mantenho no circuito político, os prestidigitadores da governança cá do rectângulo, preparam-se, para lançar mais um novo imposto. E agora calem-se os que andam por aí a dizer que os nossos políticos não têm ideias. Ai que não têm!... Quando se trata de encontrar “fontes” de rendimento, são tantas as que fervilham naqueles iluminados crânios, que nem lava a sair de cratera de vulcão!
É verdade. Baseando-se no nosso clima que é um dos melhores desta velhinha e decrépita Europa, os tosquiadores deste rebanho à beira mar tresmalhado, preparam-se para criar um novo imposto, a que será dado o nome de Imposto Meteorológico!
E vejam a astúcia dos pegureiros: calcularam uma temperatura média de base, e por cada grau acima, cada um dos habitantes da região onde se verifique uma subida pagará uma taxa de 1 Euro equivalente ao “excesso calórico”. Nas áreas que não atingem a média estabelecida, por cada “grau abaixo”, pagará o indígena uma taxa da mesma importância, equivalente ao «desequilíbrio térmico».
Mesmo processo para os dias de chuva: cálculo da humidade média e taxa de higrometria aplicada aos «mais» e aos «menos» na mesma proporção.
No Inverno, o diploma refere-se também ao dispêndio com o aquecimento, surgindo neste capítulo a mesma desigualdade entre cidadãos do mesmo País. Com efeito o preço do gasóleo, do gás e da electricidade será mais elevado no Sul e mais baixo no Centro e no Norte. Em Beja, por exemplo, o litro, o quilo ou o quilovátio, respectivamente, serão mais caros do que em Viseu, na Guarda ou em Vila Real, pois os habitantes da cidade alentejana terão muito menos necessidade de aquecimento do que os indígenas das faldas do Caramulo, da Estrela ou do Marão!...
E esse imposto só ainda não foi anunciado, porque, logo que dele teve conhecimento, o Instituto de Meteorologia e Geofísica, que detém o monopólio das condições climatéricas para Portugal e Ilhas Adjacentes, ter-se ia oposto veementemente classificando-o de «um acto absolutamente inconcebível, porque a maioria terráquea, não significa, de maneira alguma, maioria absoluta no que diz respeito aos Astros!»



Sem comentários: