Vem aí o Imposto
Meteorológico!
Já dizia Napoleão que “em
política, o absurdo não é um obstáculo”. E a prova disso é, quanto a mim, a
recente lei que prevê o aumento do IMI para casas cuja localização seja
considerada privilegiada sob o ponto de vista da incidência do Sol ou da
paisagem que delas se desfruta. E a coisa não fica por aqui…
Segundo um infiltrado que há anos
mantenho no circuito político, os prestidigitadores da governança cá do
rectângulo, preparam-se, para lançar mais um novo imposto. E agora calem-se os
que andam por aí a dizer que os nossos políticos não têm ideias. Ai que não têm!...
Quando se trata de encontrar “fontes” de rendimento, são tantas as que
fervilham naqueles iluminados crânios, que nem lava a sair de cratera de
vulcão!
É verdade. Baseando-se no nosso
clima que é um dos melhores desta velhinha e decrépita Europa, os tosquiadores
deste rebanho à beira mar tresmalhado, preparam-se para criar um novo imposto,
a que será dado o nome de Imposto Meteorológico!
E vejam a astúcia dos pegureiros:
calcularam uma temperatura média de base, e por cada grau acima, cada um dos
habitantes da região onde se verifique uma subida pagará uma taxa de 1 Euro
equivalente ao “excesso calórico”. Nas áreas que não atingem a média
estabelecida, por cada “grau abaixo”, pagará o indígena uma taxa da mesma
importância, equivalente ao «desequilíbrio térmico».
Mesmo processo para os dias de
chuva: cálculo da humidade média e taxa de higrometria aplicada aos «mais» e
aos «menos» na mesma proporção.
No Inverno, o diploma refere-se
também ao dispêndio com o aquecimento, surgindo neste capítulo a mesma
desigualdade entre cidadãos do mesmo País. Com efeito o preço do gasóleo, do
gás e da electricidade será mais elevado no Sul e mais baixo no Centro e no
Norte. Em Beja, por exemplo, o litro, o quilo ou o quilovátio, respectivamente,
serão mais caros do que em Viseu, na Guarda ou em Vila Real, pois os habitantes
da cidade alentejana terão muito menos necessidade de aquecimento do que os
indígenas das faldas do Caramulo, da Estrela ou do Marão!...
E esse imposto só ainda não foi anunciado,
porque, logo que dele teve conhecimento, o Instituto de Meteorologia e
Geofísica, que detém o monopólio das condições climatéricas para Portugal e
Ilhas Adjacentes, ter-se ia oposto veementemente classificando-o de «um acto
absolutamente inconcebível, porque a maioria terráquea, não significa, de
maneira alguma, maioria absoluta no que diz respeito aos Astros!»
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