É certo e sabido que há uma crise na Educação e que ela
começa, justamente, em casa e na escola. Ninguém o pode negar. Negá-lo-ão
talvez aqueles a quem os pais já não souberam ou não quiseram transmitir os
princípios fundamentais da moral que caracterizam a família tradicional.
Negá-lo-ão também aqueles que fazem da escola, em vez de
sacerdócio, uma forma de passatempo, em que o fim do mês é o único objectivo a
alcançar.
De qualquer forma, a escola com a importância que lhe é
própria, tem de aparecer como o prolongamento, o subsídio e a ajuda à família. Pais
e professores devem considerar-se e ser considerados como uma só e única equipa
ao serviço dos jovens em crescimento.
E assim, a escola deve ser considerada uma segunda casa de
família. Todas as filosofias políticas que desprezam a família ou mesmo as que,
simplesmente, descuidam o seu destino conduzem à ruína das sociedades.
Estamos numa encruzilhada da História. Torna-se por isso
necessário definir metas e escolher o caminho a seguir. E é começando pela
educação dos jovens que temos de pensar no futuro que, embora imprevisível,
carece de uma formação alicerçada em valores sólidos e duradoiros. E para que
essa pretensão se transforme em realidade, há que construir sobre três pilares –
a Família, a Escola e a Igreja.
E para que tal aconteça, urge que os pais modernos deixem
de "comprar" os filhos, e em vez de coisas, lhes ofereçam carinho, educação
e ensinamentos.
Será depois a vez da Escola, ministrando a instrução sem
descurar a educação. A Igreja constituirá, por fim, o ponto de aglutinação de
todos esses ingredientes que mais tarde serão necessários à formação completa
do indivíduo.
Li um dia que a Família é a "Igreja doméstica".
Nessa perspectiva, e sendo as famílias bem formadas, a grande esperança de um
mundo novo, de um mundo melhor, de um mundo feliz, cabe aos seus chefes o dever
e a missão de prepararem os seus membros para a concretização de tão nobre e
tão sublime anseio.
Tenho a certeza de que muitos dos que me lêem não
vêem as coisas pelo mesmo prisma, nomeadamente quando considero a Igreja como
um complemento da formação do indivíduo.
Pouco importa, pois cada um de nós é livre de pensar
e de escolher a melhor maneira de viver. Quanto a mim, sempre que ocorre um
revés na minha vida são as lembranças santificadas dos tempos de infância que
me ajudam a ultrapassá-lo.
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