segunda-feira, setembro 12, 2016

Papagaios e Pokémons
Realizou-se há pouco, numa das ilhas do Arquipélago das Canoras, um Congresso Internacional de Ornitologia, cujo tema versava sobre “A importância dos papagaios na Sociedade virtual dos Pokémons.”
Causou grande surpresa no auditório a intervenção do conhecido e controverso ornitólogo português Jerry Ngonza, ao apresentar uma variedade de psitácidas pouco conhecida e à qual deu o nome de “Lissabonae Papagaius”.
Perante uma assistência que o escutava de boca aberta o orador discorreu horas a fio sobre as características ímpares da ave portuguesa.
Segundo o enviado especial da RTP (Radio Transmission of Parrots) foi tão convincente a intervenção do delegado lusitano, que os expoentes máximos da Ornitologia Internacional mostraram de imediato vontade de visitar o nosso País para presenciarem «in loco», a coabitação penosa, mas palradora, dos diversos bandos no hemiciclo do Palratório Nacional.
Ao apresentar a ave trepadora portuguesa, Ngonza atribui-lhe predicados jamais encontrados noutras famílias de psítacos, acrescenta o relato do enviado especial português: “Sem necessidade de um «habitat» específico, podendo manter-se em liberdade quase ilimitada, aclimatando-se a diferentes e variadas matizes, a nova espécie distingue-se ainda das suas congéneres pela sua invulgar capacidade de imitação da voz humana.
Tais características contribuem para que num futuro próximo o «Papagaio de Lisboa» suplante todos os seus semelhantes, desde o «Amazona Palmarum», passando pelo “Erythecus” africano e acabando no “Golias” da Índia…”
Enquanto alguns congressistas reconheciam ser o nosso País aquele que alberga os melhores e mais exímios exemplares da arte de papaguear, outros viram no «Lissabonae Papagaius” apesar da sua aparência exterior e da sua bela plumagem, uma espécie condenada à extinção, vítima da sua exagerada bazófia e da sua cansativa verborreia.
Em qualquer dos casos, e apesar das divergências e pontos de vista discordantes da parte de alguns congressistas, uma sondagem final do repórter reforça a ideia inicial de que serão muitos os turistas que no mês de Agosto visitarão Portugal. Mais do que qualquer promoção turística, a curiosidade dos congressistas e acompanhantes fará com que a afluência de visitantes registe números jamais alcançados!
De facto, acompanhar presencialmente a convivência entre as diferentes espécies de aves que, de cristas eriçadas, quase se “depenam”,  tem outro “sabor” do que vê-las, via TV, no respectivo Canal.
Além disso, o Palratório Nacional, parece ser o local ideal para apanhar Pokémons. E como sabemos, cá no rectângulo, agora, «o que é virtual, é que é bom.» 
















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