A escolha é
sempre nossa
Toda a nossa vida é feita de
preferências, de opções, de escolhas. Por mais que queiramos negá-lo, logo pela
manhã elas começam - ou nos levantamos ou continuamos de papo pró ar. Se nos
levantamos temos de escolher – ou damos os bons-dias a sorrir ou resmungamos
quaisquer palavras imperceptíveis, esguichando mau humor à nossa volta.
E as opções ou escolhas continuam - ou fazemos
uma caminhada só ou com amigos ou optamos por nos sentar, por fazer de conta
que não é nada connosco e ficar ali indiferentes a tudo e a todos.
Mas não tenhamos dúvidas - somos sempre
nós que escolhemos como queremos viver o dia-a-dia. Ou o vivemos juntamente com
todos, conversando, sorrindo, irradiando alegria ou escolhemos por companheira
a amargura, inventando e trazendo à mente tudo o que há de negativo. A escolha
é sempre nossa...
E a propósito de escolhas, aqui vai uma história
que me contaram há dias e que gostava de partilhar convosco.
Dois amigos aqui das redondezas
resolveram dar um passeio pela Serra e depois de bastante caminhar, ora
subindo, ora descendo, enfrentado todos os desníveis do terreno, a hora do
almoço começou a fazer-se lembrada.
E como tal “bichinho” não deixa de nos
importunar até que lhe seja feita a vontade, os dois lá continuaram a
caminhada, mas agora só com o objectivo de encontrar qualquer espécie de local
para lhe fazer a vontade, através de qualquer vitualha que pudessem ingurgitar,
como é evidente.
Cansados e cada vez mais debilitados,
eis que avistam um pequeno povoado. Numa casa em granito tosco com as paredes
revestidas de musgo de várias cores uma tabuleta de madeira exibia um letreiro,
com uns gatafunhos onde conseguiram ler - “Cumida
a isculher”.
Eis a salvação! - Pensaram de imediato. Olharam-se
com aquela cumplicidade de todos os esfomeados e sem darem grande importância
às leis da ortografia, o objectivo era aconchegar os estômagos. Entraram,
saudaram uma senhora que presumiram ser a proprietária e pediram a lista:
- Qual lista? Não tenho lista. Tenho
frango frito.
- E que mais? – Perguntou o mais afoito.
-Só frango frito. – Respondeu de novo a
senhora.
- Mas a tabuleta que tem ali na parede
diz “comida a escolher...”
- É verdade! O senhor escolhe se quer
comer o frango frito ou se não o quer comer... a escolha é sua!
E tinha razão a estalajadeira. É tudo
uma questão de opção, de escolha!...
Assim acontece na vida de todos nós. A
escolha é sempre nossa. Ou tentamos viver felizes com o que temos ou optamos
por ser infelizes, sempre obcecados, cobiçando a vida dos outros que pensamos
ser melhor do que a nossa. O que, quase sempre, não é verdade.
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