Hoje venho alertar aqueles que ficaram surpreendidos pelo anúncio do
novo imposto sobre telemóveis, tablets e caixas descodificadoras de televisão
“parido” pelos ex-cola-cartazes, jotinhas, betinhos e afins, que a “coisa” não
vai ficar por aqui. Outras armadilhas estão já na forja…
Não há dinheiro que bonde para acudir a todas as excentricidades dos
nossos mandantes e há que diversificar a tosquia. Enquanto houver lã, a tesoura
não vai parar de cortar.
Segundo informações de um infiltrado que de vez em quando me dá umas
dicas sobre as manigâncias dessa classe parasitária, uma nova extorsão estaria
em estudo para ser aplicada muito em breve.
Tratar-se-á da criação de mais uma carga fiscal que vai incidir sobre o
clima e que será designada por “Imposto Meteorológico”. Baseado no nosso clima,
que é um dos melhores da EU, esta será a invenção mais estrambólica dos
tosquiadores deste rebanho à beira mar tresmalhado!
E reparem na maneira ardilosa como as cabecinhas pensadoras do Terreiro
do Paço evocaram Neptuno para criar ondas e lixar o mexilhão!...
Em primeiro lugar calcularam uma temperatura média de base. Depois, e
para cada grau acima, cada habitante da região em que se verifique a subida, pagará
uma taxa de 1 euro, equivalente ao «excesso calórico». Nos locais que não atinjam a média
estabelecida, por cada grau a menos, o indígena pagará uma taxa da mesma
importância, equivalente ao «desequilíbrio térmico».
Mesmo processo para os dias de chuva: cálculo da humidade média e taxa
de higrometria aplicada aos “mais” e aos “menos”, na mesma proporção.
No Inverno o diploma refere-se também ao dispêndio com o aquecimento,
surgindo, neste capítulo, a primeira desigualdade entre cidadãos do mesmo País
– o preço do gasóleo de aquecimento, do gaz e da electricidade será mais
elevado no Sul e mais baixo no Centro e Norte. Em Beja, por exemplo, o litro, o
quilo ou o quilovátio, respectivamente, serão mais caros do que em Viseu,
Guarda ou Vila Real, porque os habitantes da cidade alentejana terão muito
menos necessidade de aquecimento do que os indígenas das faldas do Caramulo, da
Estrela ou do Marão!
O imposto não estaria ainda em vigor porque o Tribunal Constitucional ainda
não se teria pronunciado sobre a queixa apresentada pelo Instituto do Mar e da
Atmosfera. Este organismo que como se sabe detém o monopólio das condições
climatéricas para Portugal continental e Ilhas adjacentes, denunciou a sua
ilegalidade por constituir uma intromissão abusiva da Política na Geofísica.
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