Sempre gostei de pessoas com personalidade. Pessoas que não
são susceptíveis de mudar por conveniência ou por interesse, que são directas,
imparciais, pessoas que não usam a hipocrisia para camuflar as suas ideias.
Talvez porque muito cedo tive necessidade de encarar a vida
sozinho e tomar decisões nem sempre fáceis, gosto de gente com personalidade
forte, de opiniões firmes, que não se deixam manipular facilmente e que não se
escondem atrás de estereótipos ou máscaras.
Não gosto de gente que viva de fingimentos, que se recuse a
encarar a realidade, que confunda sinceridade com afrontamento, que se julgue
dona da verdade e que use o seu pretenso poder como arma para atingir os seus
semelhantes.
Gosto de gente que cultive a humildade, essa virtude hoje
tão esquecida e, por vezes, até usada em sentido pejorativo, pois há gente que
associa humildade a pobreza. Puro engano…
A humildade não é património de nenhuma faixa socioeconómica.
Humilde é aquele que assume os seus direitos e obrigações, mas que assume
também os seus erros e as suas culpas.
A humildade faz com que a pessoa reconheça as suas próprias
limitações e seja, de facto, o que realmente é. A humildade é um sentimento que
se adquire lentamente pelo trabalho interior. Ninguém é pior ou melhor do que
os outros, estamos todos ao mesmo nível e todos podemos aperfeiçoar-nos ao
longo dos anos.
Não gosto de pessoas hipócritas ou fingidas que usam a
máscara conforme o papel que querem desempenhar, mas sempre no intuito de
prejudicar o seu semelhante.
O hipócrita muitas vezes finge possuir boas qualidades
apenas para ocultar os seus defeitos e desempemhar melhor o seu rol perante esta
nossa actual sociedade moderna, hipócrita, capitalista e consumista em que
vivemos e que disfarçadamente nos vai roubando a dignidade, o caracter e os restantes
valores que ainda nos restam.
Todas estas considerações a propósito do lado perverso
das redes sociais que permitem que gente sem escrúpulos e escondida por detrás
de um nome falso tentem espanhar veneno, desvirtuando factos, adulterando
ideias e desseminando boatos na intenção de criar um clima de desconfiança, de suspeição
e de ódio.
Por detrás do anonimato insulta-se, calunia-se, manipulam-se factos e tudo para criar
situações que muitas vezes geram raiva e violência. A intoxicação de cérebros sempre
existiu, mas agora com as redes sociais, escondendo-se sob o anonimato, os
cobardes encontraram nelas uma maneira rápida e fácil de dar largas aos seus
instintos de baixeza e de malvadez. São
uma espécie de praga de difícil exterminação. Há, no entanto, que ir tantando
desmascarar o maior número possível.
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