Continua
ainda a haver muitos ingénuos que olham para os mandantes como se eles fossem
uma espécie de deuses intocáveis. E refiro-me a todos eles. Desde o topo da
pirâmide ao mais baixo posto de chefia.
Uma
vez “investidos” no cargo, fazem-se donos e senhores da “coutada”. De repente,
esquecem que somos nós – primeiro com o nosso voto e depois com os nossos
impostos - que fazemos com que eles se eternizem nos lugares que ocupam.
Esquecem também que as obras que fazem, somos nós que as pagamos… Daí que
logicamente quando pagamos, queremos ser bem servidos. E justamente
recompensados. Não com dinheiro, mas pelo menos com o cumprimento daquilo que
prometeram quando os elegemos.
Não
obstante haver quem bata palmas na rua e refile dentro de casa, outros - como é
o meu caso - estão no seu pleno direito de, com honestidade e sem demagogias,
denunciar publicamente as injustiças ou as desigualdades de que são testemunhas.
Neste
lodaçal de hipocrisias e mentiras em que estamos atascados, e embora sejamos
cada vez menos os que não têm rabos-de-palha,
devemos saber fazer a diferença não nos deixando enganar por mercenários da
política que tudo fazem para nos calar quando exercemos o nosso direito de
denunciar situações que vão de encontro às suas ardilosas combinações ou mexem
com planos previamente arquitectados entre eles.
Salvo
raras excepções estamos a ser governados por gente vaidosa, arrogante, egoísta
e interesseira, que tem em conta apenas, e só, os seus interesses pessoais.
Houve
um tempo em que se dizia que antes de fazer algo de menos correcto se devia pôr
a mão na consciência - nossa conselheira. Esse tempo passou e agora em vez da
voz da consciência é a dos interesses pessoais que impera…
No
entanto, a honra continua a ser a nossa identidade. Mesmo que seja um bem
imaterial e incomparável, é também insubstituível. Perdê-la, é perder a nossa
referência como seres humanos.
Já
no tempo da ditadura os políticos diziam que não se pode governar contra a
vontade do Povo. Foi-se a ditadura e com o advento da democracia foram muitos
os que acreditaram que a partir daí se passasse da teoria à prática. Puro
engano. O Povo continua a ser ignorado e ludibriado por gente sem
escrúpulos.
Hoje,
por falta de espaço, não é possível exemplificar com factos uma dessas recentes
e indecorosas manobras numa tentativa de fazer calar a voz do Povo. Entretanto,
e por agora, aqui fica registada a minha indignação.
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