sábado, maio 10, 2014

INDIGNAÇÃO

Continua ainda a haver muitos ingénuos que olham para os mandantes como se eles fossem uma espécie de deuses intocáveis. E refiro-me a todos eles. Desde o topo da pirâmide ao mais baixo posto de chefia.
Uma vez “investidos” no cargo, fazem-se donos e senhores da “coutada”. De repente, esquecem que somos nós – primeiro com o nosso voto e depois com os nossos impostos - que fazemos com que eles se eternizem nos lugares que ocupam. Esquecem também que as obras que fazem, somos nós que as pagamos… Daí que logicamente quando pagamos, queremos ser bem servidos. E justamente recompensados. Não com dinheiro, mas pelo menos com o cumprimento daquilo que prometeram quando os elegemos.
Não obstante haver quem bata palmas na rua e refile dentro de casa, outros - como é o meu caso - estão no seu pleno direito de, com honestidade e sem demagogias, denunciar publicamente as injustiças ou as desigualdades de que são testemunhas.
Neste lodaçal de hipocrisias e mentiras em que estamos atascados, e embora sejamos cada vez menos os que não têm rabos-de-palha, devemos saber fazer a diferença não nos deixando enganar por mercenários da política que tudo fazem para nos calar quando exercemos o nosso direito de denunciar situações que vão de encontro às suas ardilosas combinações ou mexem com planos previamente arquitectados entre eles.
Salvo raras excepções estamos a ser governados por gente vaidosa, arrogante, egoísta e interesseira, que tem em conta apenas, e só, os seus interesses pessoais.
Houve um tempo em que se dizia que antes de fazer algo de menos correcto se devia pôr a mão na consciência - nossa conselheira. Esse tempo passou e agora em vez da voz da consciência é a dos interesses pessoais que impera…
No entanto, a honra continua a ser a nossa identidade. Mesmo que seja um bem imaterial e incomparável, é também insubstituível. Perdê-la, é perder a nossa referência como seres humanos.
Já no tempo da ditadura os políticos diziam que não se pode governar contra a vontade do Povo. Foi-se a ditadura e com o advento da democracia foram muitos os que acreditaram que a partir daí se passasse da teoria à prática. Puro engano. O Povo continua a ser ignorado e ludibriado por gente sem escrúpulos.    
Hoje, por falta de espaço, não é possível exemplificar com factos uma dessas recentes e indecorosas manobras numa tentativa de fazer calar a voz do Povo. Entretanto, e por agora, aqui fica registada a minha indignação.
 

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