Como
terão já deduzido através dos meus arrazoados semanais não nutro grande
simpatia pela classe política se bem que guarde ainda na minha agenda alguns
nomes pelos quais tenho respeito e admiração.
Mas
devo dizer em abono da verdade, que o sentimento é recíproco, pois alguns
deles, quando nos encontramos, e em especial os “recrutas”, nem sequer uma
simples saudação esboçam!
Ora,
na minha maneira de ser – velho e rabugento?!... – eu chamo a isto falta de
educação e de boas maneiras.
Não
pensem que estou a reclamar ou pedir tratamento especial. Estou a falar como
povo que sou. Completamente despido de quaisquer outros predicados ou funções
que em certas ocasiões possa ter ou representar. Há na sociedade normas mínimas
de convivência que devem ser respeitadas e há também maneiras de estar e de
proceder que não devem ser esquecidas, mormente por aqueles para quem uma
quota-parte dos nossos impostos serve para no fim do mês lhes pagar o salário.
Que muitos nem merecem…
Não
sei quem disse uma vez que a educação e as boas maneiras constituíam uma
vitória sobre a animalidade. Houve mesmo quem lhes chamasse uma espécie de
“civilização de costumes.”
Além
de se ostentar o rótulo de civilizado, de doutorado ou de outro qualquer produto desta nova sociedade, é
necessário também possuir, ainda que
minimamente, uns polvilhos de boa educação.
A
boa educação é, indubitavelmente, uma estrutura social que serve de base ao
estreitamento das relações entre os homens. E é ela que não deixa e se opõe a
que o social se sobreponha ao individual. Por mais que se seja, há sempre que respeitar o outro que não é!...
É
essa a regra do saber viver em sociedade, de conciliar o civilizado com o
educado, que faz com que nasça e se forme o verdadeiro membro duma sociedade
equilibrada, humanizada e moralmente completa. A educação e as boas maneiras
constituem, ao mesmo tempo, um código da comunicação entre os homens.
Muito
mais poderia acrescentar sobre esta falta de educação e de boas maneiras que
começa a enraizar-se na nossa sociedade. Há quem não faça caso dessas “funções
sociais”, mas o certo é que sem o seu cultivo e sem a sua prática, a civilidade
em breve cederá o lugar à incivilidade que por sua vez fará com que a
civilização se transforme em animalidade.Talvez pareça exagerada esta minha
maneira de encarar o papel das relações humanas tomando-as como alicerce da
educação e das boas maneiras. Mas é bom que não esqueçamos que é da mistura
desses dois ingredientes que nasce a humildade. E ser humilde para além de ser
uma virtude, é uma das características das grandes personalidades.
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