sexta-feira, janeiro 06, 2012

DOIS MIL E DOZE AÍ ESTÁ

Não quis Deus conceder-me os dotes de um Bandarra ou de qualquer outro adivinho e graças Lhe dou por isso. Tal mister não o quereria eu de livre vontade, tratando-se, como é o caso, de tão arriscada missão.
Estejam, pois, descansados os leitores que não vou impingir-lhes nem profecias nem vaticínios, aliás, coisas a que eu também nunca dei muita importância.
Promessas também não vou fazer, pois já nos bastam as dos nossos ilustríssimos políticos que de tantas que fizeram e de tão poucas que cumpriram, ficaram com tal reputação, que nenhum cidadão que se preze gostaria de ter, como é o meu caso.
Dir-me-ão, que o que me faz falar é a inveja, que é como quem diz as centenas de “eros” que eles embolsam todos os meses sem bulir uma palha!
Nada disso. Eu até pertenço ao número daqueles que concorda que um político competente deveria ganhar o dobro do ordenado e outro tanto em subsídios. No entanto como é difícil encontrar uma dessas “avis rara” não concordo que se faça tábua rasa e se paga a todos pela mesma tabela. Dessa maneira é o que se vê: em vez de uma equipa íntegra e eficaz que deveria saber governar, temos um bando de papagaios, que de tanto palrarem puseram o rectângulo no estado em que se encontra – falido. E hipotecado!...
Mas, deixemos de falar em desgraças e vamos ao que importa. O que venho hoje dizer-vos é que o próximo ano terá 12 meses e será bissexto; a Páscoa celebrar-se-á num Domingo, o Carnaval a uma terça e o dia da preguiça continuará a ser a segunda-feira.
No que se refere ao dia a dia nacional, manter-se-á o statu quo, isto é: os políticos continuarão a passar o tempo a atribuir as culpas uns aos outros para garantir os seus tachos; os sindicatos continuarão a decretar greves para justificar a sua existência e assegurarem os seus salários; o povo continuará a refilar, mas como “é sereno” tudo não passará de “fumaças”; o “ero” continuará na corda bamba e os especuladores continuarão a auferir os respectivos benefícios; o futebol continuará a movimentar multidões e a distribuir salários faraónicos; o número de ricos continuará a aumentar e o mesmo fenómeno se passará com os pobres, que aumentarão também; a cultura será cada vez mais abstracta e inculta, e o Zé pagante continuará a fazer das tripas coração.
Entrementes e para desviar a atenção do povoléu, abjuram-se os heróis e assalta-se a História suprimindo datas célebres com falsos pretextos. Quanto do fim do mundo que muitos anunciam para 21 de Dezembro de 2012, não acreditem. Ele vai acabando para os que vão morrendo. Tudo o que se disser em contrário é conversa da treta, tal como a dos nossos políticos.
Um bom ano para todos!


















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