quinta-feira, maio 26, 2016

OS LIVROS NÃO ENSINAM TUDO


Os livros não ensinam tudo

Penso que ninguém de bom senso ignora que o País atravessa um momento difícil, um momento tão conturbado e enigmático que é difícil prever o que nos reserva o futuro.

Assim, perante esta complexidade de problemas, é natural que se exija a todos os que detêm cargos de chefia uma preparação aprofundada para que possam desempenhar cabalmente a sua missão orientadora e exemplar.

Não menosprezando o papel preponderante dos “canudos” é inegável que sem uma passagem pela Universidade da Vida, – onde se aprende, praticando – qualquer cidadão, por mais dotado que seja, não consegue adquirir uma preparação adequada que lhe permita enfrentar e resolver os problemas do dia-a-dia cujas soluções são cada vez mais difíceis de encontrar.

Para complementar o que teoricamente se aprendeu nos livros, é necessária prática e sobretudo muita experiência. Quem nunca teve dificuldades financeiras na vida, não sabe avaliar as necessidades dos que são obrigados a contar diariamente os tostões. Quem sempre geriu o dinheiro dos outros não sabe avaliar o que ele custa a ganhar, e quem nunca teve necessidade de trabalhar para comer, pode, à vontade, dar-se ao luxo de nada fazer!...

Isto para dizer que grande parte dos nossos governantes não tem a experiência necessária para desempenhar o lugar que ocupa.

A maioria dos responsáveis desconhece a verdadeira realidade do País no seu todo. A sua visão queda-se, muitas vezes, pelo que vêem da janela do seu confortável gabinete ou pelo que lhes relatam os seus assessores, eles também desconhecedores das mais aflitivas e imediatas dificuldades com que se debatem os cidadãos mais carenciados.

Uma das maiores exigências do tempo que atravessamos é responder à questão social. Para que a sociedade seja harmoniosa e justa é necessário que ela esteja motivada para o trabalho, para a criatividade, para a correcta distribuição da riqueza, para a igualdade de oportunidades entre os cidadãos.

Em vez de uma sociedade materialista e desumanizada dominada pela política, pelo futebol e pela ganância de enriquecer sem escrúpulos, é urgente construir uma sociedade orientada por valores e princípios morais que se oponham a exageros mediáticos e tecnocráticos do nosso tempo. É claro que estou a transcrever para o papel aquilo que realmente penso e que me é ditado pela minha experiência da vida. Nada mais!

Aliás, numa sociedade dominada pelo lucro e pelo egoísmo, haverá “herói” que consiga fazer-se ouvir por essa gente bem instalada na vida, prepotente, cega pelo dinheiro que lhe fez trocar os ditames de consciência por uma avultada e redonda conta bancária?

 

A VIDA É TÃO CURTA!...


Não há dúvida que a vida é exageradamente curta para a gozarmos e para armazenarmos todos os ensinamentos que ela nos proporciona. O homem não vive o tempo suficiente para realizar todos os seus sonhos e para ver concretizados todos os seus anseios.
De facto, só a partir de uma certa idade – quando as paixões já não perturbam o nosso raciocínio; quando a ambição se queda pela tranquilidade da família e do lar: quando já não nos espicaçam sentimentos de vaidade, de protagonismo, de supremacia, de emulação ou de lascívia, – só a partir de uma certa idade, dizia, é que damos conta de quão efémera é a nossa passagem pela terra. Só então damos conta do pouco que sabemos e do muito que ainda poderíamos ter aprendido!
Só então nos apercebemos do tempo que desperdiçámos em futilidades; do tempo que esbanjámos com coisas mesquinhas; de tanta coisa bonita que ao longo da vida nos rodeou e que não vimos ou que não vivemos; de tanto julgamento errado que fizemos e de tanta coisa boa que jogámos porta fora!...
A vida é curta… Somos um pedaço de muitos pedaços. E se é verdade que todos os dias morremos um pouco, mesmo assim é difícil mentalizarmo-nos e pensar que devemos viver cada dia como se fosse o último.
Às vezes, nestas meditações, nestas minhas viagens aos arquivos da minha memória, quando subo as escadas, parece-me ouvir passos lá fora. Detenho-me a meio, paro de subir e espero que alguém bata à porta… Ninguém. Talvez um sonho antigo que vinha visitar-me, mas por ser já tarde, se arrependeu e desapareceu na escuridão dos tempos… E então faz-se silêncio dentro de mim: como num filme antigo, a preto e branco, perpassam-me pela mente imagens desbotadas: - silhuetas, caras de meninas velhas, de cabelos brancos, olhos papudos, mas com sorrisos tão ternos e francos que até disfarçam as rugas! É a utopia a querer sobrepor-se à realidade. É uma espécie de réstia de sol que entra pelas frinchas de uma casa velha e que vem até à lareira apagada, como que num desafio, tentando reavivar as labaredas do passado…
Como artista em rocha disforme, de martelo e cinzel em punho, assim os anos vão esculpindo as nossas vidas, modelando as nossas ideias, aprofundando a nossa consciência espiritual. A vida é curta, mas há que alongá-la. Fica a receita: Junte um arrátel de Fé, um pouco de utopia, um tudo-nada de ficção, meia porção de realidade e uma mão cheia de esperança. Mexa, utilize aquele fogo que “arde sem se ver”, e sirva… E não se esqueça: sorria sempre.

À GUISA DE PARÁBOLA


O Instituto da Meteorologia tinha anunciado que seria pouca a chuva, nessa semana, mas S. Pedro que não pensava da mesma maneira fez com que em poucas horas os rios transbordassem... E em poucos dias foi tanta a água vinda do céu que várias aldeias ficaram submersas!
Alarmadas, as Autoridades decidiram tomar as medidas que se impõem em tais circunstâncias. Num dos povoados quando o carro da Protecção civil chegou, encontrou apenas a maior beata da aldeia, a Zefa, que, teimosa, mesmo com a água pelos joelhos, recusava sair dali: «Que não! Que podiam ir embora, porque ela ficava. Não tinha medo, pois rezava muito e Deus viria salvá-la...»
O motorista insistiu, o seu ajudante explicou as consequências que poderiam advir se ficasse, e como não conseguiram demovê-la, deram meia volta e abalaram.
No dia seguinte o barco pneumático que foi mandado em seu socorro, encontrou-a sentada no parapeito de uma janela do segundo andar, balanceando as pernas e já com os pés submersos.
E como tinha acontecido com o motorista, assim aconteceu com o “marinheiro” que esbarrou na mesma teimosia: «Ouça cá, seu almirante, ou se vai embora ou eu furo-lhe essa espécie de odre de vinho. Deixe-me em paz! Eu sei nadar e acima de tudo Deus não abandonará uma devota como eu! Faça-se ao largo e passe bem!...»
No terceiro dia somente os ramos das árvores emergiam da massa líquida que cobria o vale. A casa quase se não via, mas quando o helicóptero a sobrevoou, o piloto pode ainda ver a sua proprietária agarrada à antena da televisão, rindo e fazendo gestos obscenos. Desceu um pouco mais e viu-a apontar para o Céu, como que explicando que Deus a ajudaria… E nessa mesma noite, a beata Zefa morria afogada. E chegou ao Paraíso. Descalça, encharcada, aproximou-se do refulgente trono de Deus, mas em vez de uma aparência feliz por se encontrar em ambiente celestial, era de tristeza e de desagrado o seu semblante. E Deus apercebendo-se disso, perguntou: «Zefa, minha filha, porquê essa tristeza e esse rancor que vejo nos teus olhos?» «Senhor! Estou triste e zangada, porque me senti por Vós abandonada... Vós deixastes que eu perecesse como simples e vil pecadora. Eu que sempre em Vós confiei…»
«Basta, mulher de pouca fé!» – retorquiu Deus. - «Que ingratidão, minha filha. Como és cega e descrente! Então não te apercebeste que mandei três anjos, – o motoristas, o marinheiro e o piloto – em teu socorro?...»
E foi só então que a beata Zefa compreendeu que rezar não basta e que a sabedoria suprema com que Deus conduz todas as coisas é incompreensível para qualquer mortal.

 

 

 

RESPOSTA A UM "DEMOCRATA"


 
Se não acredita ou tem medo de fantasmas, não continue a leitura. Amarfanhe o jornal e pelo sim pelo não, meta-o no forno e queime-o. E não se esqueça de lavar e desinfectar as mãos!
Tudo isso porque hoje vou ser obrigado a falar de vultos de mortos, de assombrações e de almas do outro mundo… Não é por morbidez que o faço. Sou obrigado a isso. Bastou ter mencionado na minha última crónica o nome de um morto – o de Salazar - para que um “democrata” escondido sob um endereço electrónico falso me mimoseasse com a seguinte mensagem: «Senhor cronista: Pensei que já tinha despido a casaca de fascista, mas é com tristeza que verifico que isso não acontece. O senhor nem evocando Abril evita falar nessa figura macabra e tenebrosa que continua a idolatrar. Um filho da democrata.»   
Penso já ter dito várias vezes que as cartas ou mensagens anónimas têm apenas como único destino o cesto dos papéis, o lixo.
No entanto, esta é uma excepção e recupero-a, pois o seu autor corre perigo de vida e tem necessidade urgente de um exorcismo. Não por mim que nada sei dessas práticas, mas por um técnico competente que lhe meta na cabeça, nem que seja com uma picareta, que as pessoas que morrem, por mais evocações que lhes façamos, não voltam, nem embrulhadas em lençóis...  Aliás, caso isso fosse possível, julga que o dito cujo, teria prazer em voltar ao reino dos vivos? Ele que morreu pobre sentir-se-ia bem ao levantar a pedra tumular e ver-se no meio de muitos filhos da pátria, anafados, esguichando euros por todos os poros, bem enfarpelados, sapato luzidio e ele de bota grossa, sem um tostão no bolso?
Pare lá com esse seu complexo, homem! Deixe de acreditar em fantasmas. Vá a um exorcista e de caminho compre uns óculos bem graduados. Conhece aquela estória da vidraça? Não conhece? Então eu vou conta-la: «Um casal recém-casado foi morar para um bairro tranquilo nos arredores de uma pequena cidade do interior. De manhã enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela numa vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido: «Que lençóis tão sujos! Se tivesse intimidade com ela perguntava-lhe se queria que eu a ensinasse a lavar a roupa!» O marido não fez comentários. O caso repetiu-se por vários dias e sempre que havia roupa a enxugar a acusação repetia-se – «a vizinha não sabia lavar a roupa!» Passado um mês a mulher ficou surpreendida ao ver os lençóis brancos, branquíssimos, estendidos na corda! «Finalmente – disse para o marido - aprendeu a lavar a roupa. Será que outra vizinha a ensinou?» Então o marido calmamente respondeu: – Não, não foi isso. Eu é que hoje me levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!»
Fiz-me compreender? Só mais um conselho: quando mandar mais mensagens não assine: filho da democracia. É que essa “senhora” anda tão mal acompanhada e por caminhos tão tortuosos e escuros que a sua filiação pode ser mal interpretada…    

 

 

 

ABRIL DE PROMESSAS MIL...


 
Passados quarenta e dois anos, as comemorações do 25 de Abril têm vindo a perder o entusiasmo e a participação iniciais, sendo agora festejadas mais de forma institucional do que popular.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e não são os fantasmas do passado nem a invocação de velhos medos que restituem a essa data o entusiasmo e a esperança que já teve. Hoje são outros e bem mais reais os medos que nos atormentam!
Se o vírus da famigerada e hipotética “pesada herança” de Salazar acabou por ser extirpado, o mesmo não sucedeu com o vírus que veio com os milhões de Bruxelas. Não obstante o “empurrão” que deu ao País, também nele introduziu muitas doenças, – corrupção, vaidades, riquezas fáceis, compadrio, injustiças, assimetrias sociais – são doenças cujos antídotos estão longe de ser encontrados.
A juntar a esses flagelos, o exercício de cargos políticos deixou de obedecer a convicções e tornou-se num simples jogo de interesses pessoais de grupos organizados, mais dependentes dos dinheiros públicos do que do seu trabalho ou da própria e obrigatória militância.
Os dois pilares que servem de base à Sociedade – a Família e a Escola – deixaram de ter o seu papel preponderante na educação e cultura das gerações vindouras. Enquanto os professores têm medo de estar na escola, os pais, por seu turno, demitem-se das suas responsabilidades, chegando muitas vezes a ser cúmplices do mau comportamento dos filhos. Reivindica-se muito, e produz-se cada vez menos. Perderam-se os hábitos do trabalho e a caça ao subsídio transformou-se no desporto mais apetecido. Sucedem-se os governos e os que por eles passam, quando são substituídos, se perderam uma “pasta”, logo lhes oferecem uma “posta”!... Já alguma vez se deram ao trabalho de ver onde se encontram e quanto ganham todos os “ex-qualquer coisa que exerceram cargos na governação? Já alguma vez tentaram saber quanto somam as faraónicas reformas e mordomias dos ex-presidentes, e as injustas, mas gordas reformas de ex-deputados alguns ainda jovens e com folhas de serviço quase em branco? E já viram alguns desses senhores, – que enchem a boca com solidariedade e ajuda aos que precisam – darem o exemplo e distribuir uma fatia dessas suas benesses pelos pobres?!... É verdade que o Pais está em crise. Mas crise maior é aquela em que se encontra a alma portuguesa. E essa falta de orgulho nacional e o desprezo pelos feitos da nossa gloriosa existência secular estão a reduzir ainda mais a pouca esperança que ainda restava quanto ao nosso futuro como nação livre e independente. Quarenta e dois anos depois o que resta dessa madrugada cheia de esperanças, de promessas mil e da «Terra da Fraternidade»?!...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abril de promessas mil…

Passados quarenta e dois anos, as comemorações do 25 de Abril têm vindo a perder o entusiasmo e a participação iniciais, sendo agora festejadas mais de forma institucional do que popular.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e não são os fantasmas do passado nem a invocação de velhos medos que restituem a essa data o entusiasmo e a esperança que já teve. Hoje são outros e bem mais reais os medos que nos atormentam!

Se o vírus da famigerada e hipotética “pesada herança” de Salazar acabou por ser extirpado, o mesmo não sucedeu com o vírus que veio com os milhões de Bruxelas. Não obstante o “empurrão” que deu ao País, também nele introduziu muitas doenças, – corrupção, vaidades, riquezas fáceis, compadrio, injustiças, assimetrias sociais – são doenças cujos antídotos estão longe de ser encontrados.

A juntar a esses flagelos, o exercício de cargos políticos deixou de obedecer a convicções e tornou-se num simples jogo de interesses pessoais de grupos organizados, mais dependentes dos dinheiros públicos do que do seu trabalho ou da própria e obrigatória militância.

Os dois pilares que servem de base à Sociedade – a Família e a Escola – deixaram de ter o seu papel preponderante na educação e cultura das gerações vindouras. Enquanto os professores têm medo de estar na escola, os pais, por seu turno, demitem-se das suas responsabilidades, chegando muitas vezes a ser cúmplices do mau comportamento dos filhos. Reivindica-se muito, e produz-se cada vez menos. Perderam-se os hábitos do trabalho e a caça ao subsídio transformou-se no desporto mais apetecido. Sucedem-se os governos e os que por eles passam, quando são substituídos, se perderam uma “pasta”, logo lhes oferecem uma “posta”!... Já alguma vez se deram ao trabalho de ver onde se encontram e quanto ganham todos os “ex-qualquer coisa que exerceram cargos na governação? Já alguma vez tentaram saber quanto somam as faraónicas reformas e mordomias dos ex-presidentes, e as injustas, mas gordas reformas de ex-deputados alguns ainda jovens e com folhas de serviço quase em branco? E já viram alguns desses senhores, – que enchem a boca com solidariedade e ajuda aos que precisam – darem o exemplo e distribuir uma fatia dessas suas benesses pelos pobres?!... É verdade que o Pais está em crise. Mas crise maior é aquela em que se encontra a alma portuguesa. E essa falta de orgulho nacional e o desprezo pelos feitos da nossa gloriosa existência secular estão a reduzir ainda mais a pouca esperança que ainda restava quanto ao nosso futuro como nação livre e independente. Quarenta e dois anos depois o que resta dessa madrugada cheia de esperanças, de promessas mil e da «Terra da Fraternidade»?!...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 
Abril de promessas mil…
Passados quarenta e dois anos, as comemorações do 25 de Abril têm vindo a perder o entusiasmo e a participação iniciais, sendo agora festejadas mais de forma institucional do que popular.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e não são os fantasmas do passado nem a invocação de velhos medos que restituem a essa data o entusiasmo e a esperança que já teve. Hoje são outros e bem mais reais os medos que nos atormentam!
Se o vírus da famigerada e hipotética “pesada herança” de Salazar acabou por ser extirpado, o mesmo não sucedeu com o vírus que veio com os milhões de Bruxelas. Não obstante o “empurrão” que deu ao País, também nele introduziu muitas doenças, – corrupção, vaidades, riquezas fáceis, compadrio, injustiças, assimetrias sociais – são doenças cujos antídotos estão longe de ser encontrados.
A juntar a esses flagelos, o exercício de cargos políticos deixou de obedecer a convicções e tornou-se num simples jogo de interesses pessoais de grupos organizados, mais dependentes dos dinheiros públicos do que do seu trabalho ou da própria e obrigatória militância.
Os dois pilares que servem de base à Sociedade – a Família e a Escola – deixaram de ter o seu papel preponderante na educação e cultura das gerações vindouras. Enquanto os professores têm medo de estar na escola, os pais, por seu turno, demitem-se das suas responsabilidades, chegando muitas vezes a ser cúmplices do mau comportamento dos filhos. Reivindica-se muito, e produz-se cada vez menos. Perderam-se os hábitos do trabalho e a caça ao subsídio transformou-se no desporto mais apetecido. Sucedem-se os governos e os que por eles passam, quando são substituídos, se perderam uma “pasta”, logo lhes oferecem uma “posta”!... Já alguma vez se deram ao trabalho de ver onde se encontram e quanto ganham todos os “ex-qualquer coisa que exerceram cargos na governação? Já alguma vez tentaram saber quanto somam as faraónicas reformas e mordomias dos ex-presidentes, e as injustas, mas gordas reformas de ex-deputados alguns ainda jovens e com folhas de serviço quase em branco? E já viram alguns desses senhores, – que enchem a boca com solidariedade e ajuda aos que precisam – darem o exemplo e distribuir uma fatia dessas suas benesses pelos pobres?!... É verdade que o Pais está em crise. Mas crise maior é aquela em que se encontra a alma portuguesa. E essa falta de orgulho nacional e o desprezo pelos feitos da nossa gloriosa existência secular estão a reduzir ainda mais a pouca esperança que ainda restava quanto ao nosso futuro como nação livre e independente. Quarenta e dois anos depois o que resta dessa madrugada cheia de esperanças, de promessas mil e da «Terra da Fraternidade»?!...