sexta-feira, março 04, 2016

DESAFAFOS


À guisa de comparação

Há dias quando fazia um balanço sobre as artimanhas de que os políticos se servem para ludibriar o Zé pagante, lembrei-me de uma historieta que ilustra bem esse condão, que é muito usado por alguns dos nossos “zelosos” servidores ou ex- servidores da Pátria:
«Um político com uma choruda reforma e ainda com a famigerada ‘Subvenção Vitalícia’, conduzia o seu BMW a alta velocidade quando um polícia de trânsito de serviço na cidade o mandou parar.
- O senhor ia a uma velocidade acima da permitida. A sua carta de condução, por favor.
- Não tenho, caducou…
- Então mostre-me os documentos do carro.
- O carro não é meu.
- Abra o porta-luvas, se faz favor.
- Não posso, tem um revólver que usei para roubar este carro.
O agente já bastante preocupado:
- Abra o porta- bagagens!
- Nem pensar! Lá dentro está o corpo da dona deste carro, que eu matei no assalto.
O guarda vendo-se diante de tais circunstâncias resolveu chamar o seu superior. Chegado ao local o oficial superior dirige-se ao ex-político:
- Habilitação e documento do carro por favor!
- Estão aqui senhor Capitão. Como vê o carro está em meu nome e a carta está válida.
- Abra o porta-luvas! – pede o Capitão.
E o político na reforma e com “Subvenção Vitalícia”, serenamente:
- Como vê, só tem alguns papéis.
- Abra o porta bagagens!
- Aqui está... Como vê está vazio.
O Capitão um pouco constrangido:
- Deve estar a acontecer algum equívoco: o meu subordinado disse – me que não tinha carta, que não era o dono do carro, que o tinha roubado, que tinha um revólver no porta-luvas e que tinha o corpo de uma mulher morta no porta bagagens…
E então o político reformado e com “Subvenção Vitalícia”, respondeu com toda a serenidade:
- Como vê, senhor Capitão, esse militar deve ser maluco…Só faltou dizer-lhe que eu conduzia com excesso de velocidade!...»
A comparação pode, talvez parecer um pouco desajustada, mas se atentardes bem nas artimanhas dos nossos “filhos da pátria” no intuito de endrominar o Zé Povinho, encontrareis muitas semelhanças com o procedimento usado na historieta.

 

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