sábado, julho 11, 2009

FINGIMENTOS



Hoje, mais do que nunca, é sob o manto da religião que se fazem, que se dizem e que se praticam os maiores atentados contra a moral cristã.
Muitas vezes, os comportamentos ostentados na Igreja são apenas um fingimento, uma espécie de cortina de fumo, para esconder as sementes de ruindade que germinam no interior.
Há muita gente que se esquece de que nada se consegue esconder de Deus…
E por mais atitudes de hipocrisia, fingimento ou disfarce que usemos, exibindo e apregoando virtudes que interiormente não possuímos, nada se diz, nada se faz, nem nada se ostenta, sem que Ele deixe de ter conhecimento.
De nada vale, pois, fazermo-nos passar por aquilo que não somos, porque um dia, toda essa farsa, toda essa imposturice, nos cairá em cima, transformando a nossa vida numa expiação contínua e dolorosa.
Só os ingénuos, os descrentes ou os utópicos acreditam num futuro fingido e hipócrita, recheado de falsos valores, assente na fantasia, no sonho, na ostentação e na vaidade.
São esses – sobretudo os hipócritas – que, confusos ou desorientados com a poeira que levantam no seu caminho, deixam de ter uma clara e verdadeira visão das realidades. Pensam enganar e acabam enganando-se a si próprios. De nada lhes vale ostentar uma religiosidade que não têm, nem exteriorizar sentimentos que não possuem.
Infelizmente a sociedade está cada vez mais cheia desses falsos profetas e de uma nova espécie de Judas que julgam tudo poder fazer!
A Mensagem do Evangelho é constantemente traída por todos esses novos «vendilhões» que frequentam o Templo e consigo levam e fazem alastrar sobre as sua seculares pedras do chão, nódoas de riqueza, de vaidade e de hipocrisia, sendo esta uma das mais difíceis de lavar.
«Os hipócritas mentem como cidadãos honestos, são falsos pregadores das coisas de Deus e não passam de sepulcros caiados, bem enfeitados por fora, mas cheios de podridão por dentro...» – são palavras de Cristo.
Todos nós temos defeitos, todos erramos, todos somos imperfeitos. Mas também a todos nós concedeu Deus o dom de pensar, raciocinar, de saber avaliar o bem e o mal.
Infelizmente, uns por falta de cultura, outros por vaidade, são incapazes de fazer uma avaliação interior e reconhecer que estão errados. Auto-elegem-se pregadores de moralismos de feira e de mãos erguidas e olhos no céu, é vê-los representar uma farsa que só a eles convence. Mas, como diz o provérbio, “o maior cego é aquele que não quer ver…”

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