Há ainda muita
gente que confunde educação com instrução. O significado das duas palavras é
muito diferente, embora ambas, e em conjunto, sejam essenciais para a formação
e desenvolvimento do ser humano.
Enquanto a
educação se rege por certas normas e regras que nos indicam a maneira de nos
comportarmos perante os cidadãos e perante a sociedade, a instrução
habilita-nos a adquirir diversos conhecimentos que melhor podem ajudar a nossa
vivência na terra. São, pois, duas palavras que se complementam, mas que nem
sempre andam de braço dado.
Assim como há
pessoas ignorantes muito bem-educadas, há também gente muito sabedora, mas que,
de educação, nem rastos!... E, infelizmente é essa classe que constitui hoje a
maioria da nossa sociedade.
É sabido que
tanto no capítulo da instrução como no da educação, o País está a atravessar um
período bastante conturbado em que os defeitos, as carências e o desleixo são
por demais conhecidos.
As crianças,
desde que nascem são, por natureza, irrequietas. Por isso, se desde a mais
tenra idade as suas travessuras não forem devidamente acompanhadas e
controladas, arriscamo-nos a formar seres defeituoso que poderão mais tarde ser
prejudiciais não só à sociedade como também a si próprios.
Sem pretender
entrar no campo fácil de dar conselhos, já por várias vezes aqui tenho dito
nada ter contra a irreverência dos jovens e compreendo, perfeitamente, a
insegurança e a incerteza que cada vez mais lhes marca o panorama da
sobrevivência.
Mas ser
irreverente não é manifestar comportamentos reprováveis que muitas vezes ferem
susceptibilidades, sobretudo daqueles, a quem, pelo menos, devemos um mínimo de
respeito. Abordando especificamente o capítulo da educação, no meu entender,
certos pais, são os principais culpados dos deploráveis comportamentos com que
diariamente deparamos e que são protagonizados pelos seus "mimados"
filhinhos em que a má educação se revela no mais insignificante gesto ou
atitude.
Pode o menino
ser um prodígio, um "crânio”, mas se não tiver educação, não passa disso
mesmo, isto é, falta-lhe o verdadeiro sentido de viver e de conviver. As
crescentes exigências da avassaladora e perigosa sociedade de consumo, nada têm
a ver com o percurso natural da existência, pois ele é o regulador de
incontroláveis anseios e até de sonhos de grandeza irrealizáveis que a nada
conduzem e que, pelo contrário, atrofiam o verdadeiro sentido de viver.
Torna-se cada
vez mais premente a necessidade de conciliar esses dois “ingredientes” pois só
dessa união resultará a formação de indivíduos aptos a cumprir os seus deveres
como cidadãos íntegros, civilizados e responsáveis.
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