sábado, dezembro 01, 2012

BRINCANDO COM COISAS SÉRIAS



Brincando com coisas sérias
Afinal, e contrariamente ao que se tem vindo a apregoa por aí, a famigerada TSU (Taxa Social Única) não é uma invenção do Governo cá do rectângulo.
Por incrível que pareça a tal taxa, que afinal é imposto, veio de França da terra do general Cambronne, aquele da palavra feia, de cinco letras, que apetece repetir sempre que se fala em política.
Segundo me contaram, o nosso ex-primeiro que fez com que nos atascássemos neste lodaçal mal cheiroso e que agora se pirou e anda por lá a estudar filosofia política, quis complicar mais a vida ao seu sucessor e por intermédio de um amigo infiltrado no PSD, ter-lhe-ia mandado um extracto de um diálogo entre dois ministros de Luís XIV, que ouvira numa peça, Le Diable Rouge, em cena num teatro do Quartier Latin, sugerindo-lhe que se inspirasse nele para sacar mais dinheiro ao Zé.
Verdade ou mentira o certo é que o tal diálogo é inspirador. Ora leiam:
«Colbert: - Chegámos a um ponto que não sabemos a maneira de arranjar mais dinheiro. Agora que estamos cheios de dívidas até ao pescoço, o senhor ministro não sabe dizer-me como arranjar dinheiro para continuar a viver à grande como temos vivido?
Mazarino: - Bom. Um simples mortal, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!... Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Pois é. Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então, como faremos?
Mazarino: - Tu pensas como se não tivesses cérebro, Colbert! Há um grande número de pessoas que estão entre os dois, nem são pobres, nem ricos – é a chamada classe média! Que trabalha mais, sonha enriquecer, e tem medo de empobrecer. É sobre essas classe que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais eles trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Eles formam um reservatório inesgotável…»
Ironia à parte, esta metáfora política espelha bem a realidade do que se está a passar e as artimanhas de que se servem os governantes para extorquir dinheiro ao contribuinte. Uma cena política actual da qual somos testemunhas e de que, infelizmente, somos também as vítimas.












1 comentário:

Unknown disse...

Bonjour , monsieur da costa

Je suis à la recherche de mon grand père Monsieur Manuel Rodrigues qui travaillait à COMAGRAIN à yangola près de bumba et son oncle s'appellait LANZA ou Landa et il a quitté le congo après 1967.C'est vraiment important pour moi si vous pouvez m'aider.

Merci