Neste V encontro começamos por
nos servir de parte de um poema, de uma
colega, a poetisa Maria da Conceição, que este ano, por afazeres pessoais
inadiáveis, não pode estar presente: «Mística
de persistentes / Que teimam viver, contentes / Um dia de cada vez… / Este vai
ficar gravado, / De recordações, ornado, / Dia nove. Junho, o mês.»
«Piano toca a alvorada, / Que, neste fim de jornada, / Estar aqui, é
privilégio! / Meus amigos, que saudade / Dos tempos da mocidade / E do velhinho
colégio…»
Poderíamos ficar por esta
introdução, pois nela está o verdadeiro objectivo que é o de reviver, ainda que
fugazmente, esses tempos já bastante longínquos caracterizados por uma
verdadeira, sã e duradoira amizade!
E como dissemos no ano passado,
lá nos encontrámos – mais barriga, memos barriga, aprumados ou coxeando, a
aiveca do arado do tempo não parou na sua contínua destruição!
Menos que no último encontro de
Outubro de 2011, – a maior parte ausente por questões de saúde – foram horas em
que se reviveu o passado voltado atrás no tempo numa viagem de saudade, ternura
e muita amizade. Aos da década 40-50 também se juntaram outros de tempos mais
recentes, partilhando toda em conjunto essa alegria própria do reencontro de
amigos da nossa infância.
O encontro começou com uma missa
em acção de graças e em sufrágio dos colegas que já nos deixaram, celebrada na
Igreja de Nossa Senhora do Carmo e acompanhada por um magnífico Grupo Coral, a
que desde já felicitamos e agradecemos. O nosso bem-haja também ao celebrante e
às suas palavras alusivas ao nosso encontro.
Seguiu-se a fotografia da praxe desta
vez com um fundo diferente – o Palácio da Justiça, o que motivou alguns
comentários com muito humor à mistura. A idade pode ser muita, mas a boa
disposição tem se mantido, malgré tout!...
No almoço, servido no memo local
do ano passado, poder-se-á dizer que se falou mais do que se comeu, apesar da
variedade e abundância dos petiscos. Havia muita conversa a pôr em dia, muita
pergunta acerca dos que faltaram este ano. E também muitas histórias a
relembrar e a evocar com saudade.
E como cantou João Sá, dedilhando
a viola, e em jeito de balada coimbrã: «Colégio
tem mais encantos / Tantas décadas passadas / Nos nossos cabelos brancos /
Saudades acumuladas…/»
Este ano foram vinte e dois os
colegas que, pessoalmente ou por telefone, justificaram a sua ausência, quer
por motivo de saúde, quer por compromissos já agendados para o dia.
Para o ano, se Deus quiser,
reviveremos estes momentos ficando desde já todos convidados – os menos novos e
os novos, que queiram associar-se.
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