sexta-feira, agosto 20, 2010

OS CAMINHOS SINUOSOS DA HISTÓRIA



"...Na galeria da História, há nomes que não esquecem e outros que até deixam saudade. Salazar é um deles! Por isso é que de todos os lados, inclusivamente gente da oposição, que outrora o combateu, ao ver o descalabro em que Portugal se afunda, clama. "Quem dera outro Salazar". É Portugal a vingá-lo do camartelo destruidor da revolução ignara (…)"
(…) Nem sempre a pedra tumular fecha o palco da vida. Os actos que tantas vezes se ensaiaram e representaram, as cenas do quotidiano de que se fez história, deixaram a "suspense" no clímax do seu desaparecimento, levando os espectadores a interrogar-se como em acção de narrativa aberta: e depois?
Já lá vão catorze anos que se finou Oliveira Salazar, personagem principal da cena política portuguesa durante algumas décadas. Mas o túmulo, se lhe guarda os despojos, não lhe encerra a alma nem a obra,
que continuam vivas: a alma em Deus, e a obra na lembrança de todos os bons Portugueses e na realidade visível do torrão nacional, onde, mesmo mudando-lhe o nome ou cobrindo-a de adjectivos grotescos, na
tentativa de a desvirtuar, clama bem alto que foi uma época de progresso a todos os níveis; época em que o nome de Portugal era pronunciado com respeito em toda a parte, menos pelos bandoleiros internacionais que, ao menos, o temiam, e pelos inimigos e falsos amigos que não toleravam a altivez dada pela independência de quem, não se sujeitando á canga que pretendiam impor-nos sob a aparência
de liberdade, democracia e modernização, poderia colocar como divisa da sua governação o grito célebre de José Régio nas estrofes gloriosas e imortais do Cântico Negro: "Não vou por aí (…)”
Padre Cândido de Azevedo numa homilia na capela do Vimieiro onde, com o cónego Simões Pedro, concelebrou uma missa.

Sem comentários: