A dor que lentamente vai minando
Este meu pobre corpo decadente,
É cada vez mais forte, mais pungente,
À medida que o tempo vai passando.
Pouco a pouco meu mal vai aumentando
Num constante minar de corpo doente
Até que o sofrimento me demente
E, pobre louco, a morte vá buscando.
Eu sei como acabar este tormento:
Bastava apenas um dor mais forte
E, logo após… eterno esquecimento!
Um veneno, uma bala, um simples corte...
Que bom morrer assim, em um momento,
Se não houvesse vida além da morte!...
Aveiro, 1948
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