O comprimido
Já muitas vezes aqui disse que é muito difícil encontrar assunto para estas minhas crónicas semanais. Não minto se vos disser que quando há temas pertinentes que desejo tratar mas que ultrapassam os meus parcos conhecimentos e requerem, por isso, apoio alheio, passo horas a folhear livros e a estudá-los procurando descrevê-los com a exactidão possível.
Acontece também que, algumas vezes, num percurso já avançado da pesquisa tenha de abandonar o assunto, porque a sua complexidade ultrapassa os limites do meu entendimento. Está assim explicado que quando não sei, a minha honestidade mental, aconselha-me a que não desperdice tempo e não ostente conhecimentos que não possuo.
Vem este intróito a propósito de uma mensagem que recebi há dias por correio electrónico com um nome de alguém que não conheço e que por isso não posso comprovar se quem a subscreve existe de facto.
Costumo, nestes casos, apagar e não me preocupar mais. Desta vez, porém, não aconteceu o mesmo e resolvi responder publicamente, na esperança de que quem a enviou, leia a resposta…
Entre muitas considerações em que os pontapés na gramática e os erros ortográficos, travam uma competição renhida em busca do primeiro lugar, e misturando graxa e ironia, “acusa-me” de algumas das minhas crónicas se assemelharem “às homilias do padre já velhote e antiquando” da aldeia onde nasceu “que no altar só fala em Deus e deixa o Diabo na sacristia…”
Acrescenta ainda irónico e em tom jocoso: “apesar de tudo gosto de o ler à noite, porque poupo um comprimido para dormir…”
Reli a mensagem, soletrei algumas palavras, pus ordem nalgumas frases, sentei-me e entretive-me a fazer, mentalmente, um retrato “robot” do fulaninho.
Não foi difícil chegar à conclusão de que deveria tratar-se de um desses doutores ou engenheiros de aviário, de um desses pseudo-intelectuais que esvoaçam por aí a abarrotar de empáfia e que vivem encaixilhados num desses lugares onde só têm assento os afilhados ou os protegidos da Nação.
Mas tem razão, o homem. Falo muito em Deus. E isso, porque vou buscar o que escrevo quase sempre à minha experiência da vida. E na vida vivida há sempre Deus por perto. Dêem-lhe o nome que quiserem, mas Ele está lá. Nos bons e nos maus momentos.
É curioso como passa despercebido falar-se de sexo, de obscenidades, de bacanais, e se é alérgico logo que se fala em Deus. E é também curioso que alguém se preocupe tanto com o que os outros pensam e se preocupe tão pouco do que Deus pensará a seu respeito!...
Mas gostei muito dessa do comprimido para dormir!... Espero que continue a tomá-lo. Não necessita de receita médica, não são conhecidos efeitos secundários e é ainda mais barato do que qualquer “genérico”.
Acontece também que, algumas vezes, num percurso já avançado da pesquisa tenha de abandonar o assunto, porque a sua complexidade ultrapassa os limites do meu entendimento. Está assim explicado que quando não sei, a minha honestidade mental, aconselha-me a que não desperdice tempo e não ostente conhecimentos que não possuo.
Vem este intróito a propósito de uma mensagem que recebi há dias por correio electrónico com um nome de alguém que não conheço e que por isso não posso comprovar se quem a subscreve existe de facto.
Costumo, nestes casos, apagar e não me preocupar mais. Desta vez, porém, não aconteceu o mesmo e resolvi responder publicamente, na esperança de que quem a enviou, leia a resposta…
Entre muitas considerações em que os pontapés na gramática e os erros ortográficos, travam uma competição renhida em busca do primeiro lugar, e misturando graxa e ironia, “acusa-me” de algumas das minhas crónicas se assemelharem “às homilias do padre já velhote e antiquando” da aldeia onde nasceu “que no altar só fala em Deus e deixa o Diabo na sacristia…”
Acrescenta ainda irónico e em tom jocoso: “apesar de tudo gosto de o ler à noite, porque poupo um comprimido para dormir…”
Reli a mensagem, soletrei algumas palavras, pus ordem nalgumas frases, sentei-me e entretive-me a fazer, mentalmente, um retrato “robot” do fulaninho.
Não foi difícil chegar à conclusão de que deveria tratar-se de um desses doutores ou engenheiros de aviário, de um desses pseudo-intelectuais que esvoaçam por aí a abarrotar de empáfia e que vivem encaixilhados num desses lugares onde só têm assento os afilhados ou os protegidos da Nação.
Mas tem razão, o homem. Falo muito em Deus. E isso, porque vou buscar o que escrevo quase sempre à minha experiência da vida. E na vida vivida há sempre Deus por perto. Dêem-lhe o nome que quiserem, mas Ele está lá. Nos bons e nos maus momentos.
É curioso como passa despercebido falar-se de sexo, de obscenidades, de bacanais, e se é alérgico logo que se fala em Deus. E é também curioso que alguém se preocupe tanto com o que os outros pensam e se preocupe tão pouco do que Deus pensará a seu respeito!...
Mas gostei muito dessa do comprimido para dormir!... Espero que continue a tomá-lo. Não necessita de receita médica, não são conhecidos efeitos secundários e é ainda mais barato do que qualquer “genérico”.